Biografia | Bibliografia | Criticas e Recensões | Opinar | Notícias | Links
Palavras apócrifas / Cartas do meu castelo

Cartas do meu castelo / Palavras apócrifas

Diáro de Alba - Diari d' Alba

Olhar... e ver

Pensar Diverso e Outras Claridades

Conversa de Cavalos

O último Silvo do vapor

O Cão da Bela Adormecida

Antologias e Colectâneas

Dez anos de S. João

RÓMULO, Nome de Código

Lis & Lena (Saga Imaginária)

Tripeça

Uma frutinha boa... outra com bicho

Renascer em Córdova

In pulverem

O Legado de Mireia

Poema de Outono

O alto espaldar da cadeira de verga

O Odres

Boa viagem e até amanhã...

Cerco de arame farpado

O último Silvo do vapor
Textiverso - Leiria

Do Porto até Caíde de Rei, o traçado da linha do Douro
é como o de qualquer outra,dum qualquer outro mapa.
De aí em diante, renascendo-lhe a saudade dos rabelos
que deixara atrás, em Campanhã, atreve-se, respondendo ao apelo das
águas, por túneis e pontes. São agora belas pontes de granito,
em substituição das metálicas originais. Estas, por acaso, entremezes
lúdicos do genial Eiffel,tecidas enquanto construía a sua obra-prima
em Portugal, a ponte de D. Maria. Os carris de aço sentem merecida
a paisagem que os aguarda, e o vale profundo anseia aquele
casamento indissociável. Quando o caminho-de-ferro desaba no
vale do Douro, aí por alturas da Pala, casa-se de tal modo com a paisagem,
que seria viuvez para o sobrevivente o aniquilamento do outro.

In "O último silvo do vapor"


© 2024 Luís Vieira da Mota | Todos os direitos reservados | by: Hugo Gameiro