Palavras apócrifas / Cartas do meu castelo
Cartas do meu castelo / Palavras apócrifas
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O último Silvo do vapor Textiverso - Leiria
Do Porto até Caíde de Rei, o traçado da linha do Douro é como o de qualquer outra,dum qualquer outro mapa. De aí em diante, renascendo-lhe a saudade dos rabelos que deixara atrás, em Campanhã, atreve-se, respondendo ao apelo das águas, por túneis e pontes. São agora belas pontes de granito, em substituição das metálicas originais. Estas, por acaso, entremezes lúdicos do genial Eiffel,tecidas enquanto construía a sua obra-prima em Portugal, a ponte de D. Maria. Os carris de aço sentem merecida a paisagem que os aguarda, e o vale profundo anseia aquele casamento indissociável. Quando o caminho-de-ferro desaba no vale do Douro, aí por alturas da Pala, casa-se de tal modo com a paisagem, que seria viuvez para o sobrevivente o aniquilamento do outro. In "O último silvo do vapor"
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